Building cultural competencies in Coaching: essay for the first steps
Apresentação in First International Conference on Graduate Coaching Education: Theory, Research and Practice, 17 e 28 de maio de 2014, Menlo College, Silicon Valley, California
A Cultura tem sido medida de várias maneiras por muitos interculturalistas e investigadores de renome (por exemplo, Hofstede, 1997, 2001; Kluckhohn, 1967; Schwartz, 1999; Trompenaars & Hampden-Turner, 1998).
As orientações e dimensões culturais podem ser mapas úteis para os coaches, no entanto devemos ter cuidado para não rotular pessoas, grupos ou comunidades. A prática de coaching será sobre o cliente e deve considerar a singularidade de cada indivíduo. Portanto, cada cliente será diferente e único por definição e, como Abbott e Rosinski (2007) argumentaram: as escolhas de abordagem do coach devem ser criativas e baseadas nas interações com o cliente durante o processo.
As expectativas que as pessoas têm e o significado que dão às coisas que experimentam são apoiadas pela bagagem que carregam em suas próprias malas culturais (St Claire Ostwald, 2007); Toda a nossa vida diária será uma atividade intercultural, que será bem concretizada, se estivéssemos cientes do que estamos a carregar nessas malas.
Esta talk não é sobre as diferenças e semelhanças entre as perspectivas nacionais, mas sobre uma perspectiva mais ampla onde a cultura deve ser considerada dentro de grupos ou sociedades e onde a cultura se pode cruzar (por exemplo, um Executivo que carrega uma bagagem cultural da Organização em direção a outro).
No mundo global, estamos a assitir a uma mistura de identidades que transcenderão os limites geográficos. Portanto, e mesmo que em alguns momentos as dimensões nacionais sejam úteis na observação de descobertas, o foco na prática de coaching deve na consciencialização cultural quando apoiamos o despertar de aptidões individuais.
Até agora, a investigação empírica em torno do coaching intercultural foi focada em dimensões a serem consideradas durante o processo de coaching, ou seja, focada em dimensões de skillsets. Ainda falta uma abordagem mais concreta onde seja possível identificar atitudes específicas ao nível da dimensão de heartsets, de forma a considerar quais deveriam ser as competências necessárias para um coach ser chamado de coach global.
Em vez de procurar diversidade ao aplicar o coaching, sugiro que a formação e o desenvolvimento de coaches passe pela sua conscientização cultural como coaches globais. Ser um coach global é desenvolver uma atitude, tão bem descrita por Carr e Seto (2013): o coach traz a sua autoconsciência, curiosidade e disponibilidade para estar com cada cliente de uma nova maneira, num dado momento, num determinado contexto, sem pressupostos de quem essa pessoa é ou precisa. Mas também será sobre o conhecimento e a experiência aplicados à mestria na utilização de humildade, que é conseguida através de desenvolvimento continuado de cada coach.
Uma abordagem integrada de coaching trata-se verdadeiramente do foco e curiosidade que o coach desenvolve pela perspetiva do outro, sem perder a mestria do global a qual será conseguida através da aquisição contínua e consciente de conhecimento e experiência.