A prática do Coaching Corporativo nas organizações do séc. XXI
Participação na Conferência Investigação e Intervenção em Recursos Humanos,
Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) do Instituto Politécnico do Porto, 25 de Setembro de 2009
Publicação in Recursos Humanos – Das Teorias às Boas Práticas – Os Artigos de Investigação e Intervenção, Ed. Viviana Meirinhos e Ester Vaz, editorial novembro, julho de 2010
https://www.wook.pt/livro/recursos-humanos-das-teorias-as-boas-praticas-viviana-meirinhos/9474749
Apresentação in São e Paulo e em encontro da ICF Belo Horizonte, Brasil, em novembro de 2014
“Cada vez mais presente em diferentes países, encontramos a oferta de serviços de coaching corporativo, que pretende dinamizar a cultura de coaching dentro da organização, focando-se nos seus objectivos estratégicos. O coaching não aparece somente como uma resposta a uma situação formal e pontual, mas é parte da cultura organizacional, reflectindo-se de forma clara, consistente e permanente.
Numa organização, uma cultura de coaching pressupõe que todos os colaboradores, independentemente do grau hierárquico utilizem e valorizem eficazmente o feedback como uma ferramenta de aprendizagem que potencia o desenvolvimento pessoal e profissional, as relações de trabalho assentes na confiança, a melhoria continua no desempenho da actividade profissional, e a crescente satisfação do cliente.
São características de uma cultura de coaching:
– Liderança positiva e emocionalmente inteligente;
– Todos estão focados no feedback dos clientes, sem resposta defensiva;
– O coaching é utilizado em todas as direcções – chefias, subordinados e pares;
– As equipas tornam-se emocionalmente envolvidas e cheias de energia;
– A aprendizagem acontece, as decisões são mais eficazes e a mudança é mais rápida;
– Os processos e sistemas de RH estão alinhados e integram nas suas definições e operações os conceitos de coaching;
– A organização tem uma prática e uma linguagem de coaching comum.
O conhecimento é o bem mais preciso nas Organizações do séc. XXI. Contudo essa matéria-prima das empresas actuais não tem qualquer valor se não estiver perfeitamente ajustado e não for utilizado em prol dos objectivos definidos estrategicamente para resultados de negócio.
(…) Para além disso, casos como os high performers, as pessoas que foram promovidas ou por outra razão estão em processo de transição dentro da organização, ou mesmo nos processos de integração na empresa, apresentam necessidade de um apoio constante e continuado, onde o suporte de uma pessoa centrada nas suas necessidades específicas pode ser determinante no seu desenvolvimento.
(…) Na Era do Conhecimento, as Pessoas são o bem mais importante que uma organização pode ter, reter ou desenvolver. Apostar nas Pessoas é apostar nos negócios, porque as Pessoas são o conhecimento, a inovação e o risco, e estes são os factores críticos para o sucesso de qualquer actividade profissional. Contudo, apostar nas Pessoas é permitir que elas também apostem nelas próprias, é dar autonomia de pensamento e de criatividade, é deixá-las fazer fluir todo o seu potencial. Depois de identificado tem de ser reconhecido e incentivado a crescer. Só quando o potencial se sente reconhecido e respeitado na sua individualidade, oferece compromisso à organização.
No momento actual, a escala global obriga a uma análise dinâmica do mercado, onde as organizações se apercebam não só das transacções tangíveis, mas também das intangíveis, ou seja, de tudo o que acontece à sua volta pelas inúmeras interacções entre os diferentes players que vão influenciar directamente o seu negócio. Este olhar estratégico obriga a uma partilha interna diferenciada e com características que conduzam a uma introspecção pormenorizada, onde todos os seus membros (com competências específicas, experiências únicas e redes de contacto particulares) sejam envolvidos. Aqui começa o Coaching Corporativo…”